quinta-feira, 28 de abril de 2005

AS CRUZADAS - O outro lado da Historia



Vamos ver hoje uma descrição desse acontecimento fabuloso e mítico que foram, para os europeus ocidentais, as cruzadas, mas desde um ponto de vista que para nos é absolutamente estranho e desconhecido: o dos árabes. Ficamos sabendo que nós, os guerreiros santos, os famosos mártires da fé cristã, cometemos as maiores barbáries e atrocidades, algumas bem hediondas, em nome de um Deus justo e misericordioso. Só por essa razão, a de apurarmos a responsabilidade dos nossos cruzados, os nossos antepassados glorificados, ao longo dos séculos, pela Igreja, vale a pena lermos atentamente isto aqui.


O outro lado da questão, a outra versão que ignoramos e que temos de conhecer obrigatoriamente (mais do que questão moral, converte-se numa questão ética), é o que nos permite decidir e ajuizar acerca da legitimidade das cruzadas, e da tão apregoada evangelização, e o que nos permite igualmente apurar acerca da responsabilidade, não só dos fatos históricos em si, como também dos historiadores e da historiografia que contribuíram para a consagração desse fenômeno.


     Por estas tardes que adormecem o corpo e em que o tédio cresce como uma cortina parda e amolecida, apetece ler com lentidão, para quebrar o fluxo contínuo das horas, "matar o tempo", expressão que se encontra francamente em desuso, com uma boa leitura, capaz de arrastar a nossa imaginação num vôo ilimitado pela história dos longínquos séculos da Reconquista.


Assim, temos hoje aqui uma resenha inversa às correntes comuns entre nós, ocidentais. relatando os fatos belicosos, as batalhas... Contadas pelas vítimas, pelos povos massacrados, pelos árabes. Mostrando os cristãos na sua real ótica, detalhando o seu verdadeiro comportamento, como cruéis e selvagens, como ignorantes e culturalmente despreparados.  Nós devemos pensar:  Afinal, naquela época, quem eram os verdadeiros bárbaros?


Os árabes chegam a Jerusalém


Em 638 os árabes tomaram a cidade de Jerusalém, ao mando de Omar Ibn al-Khattab, mais conhecido apenas como “Omar” e desde então viviam em pacífica convivência com a cultura, o povo, e os sacerdotes cristãos ali já existentes... ate oficiavam seus cultos juntos!    Já os chefes dos cruzados francos não tiveram essa magnanimidade. Na sua vez (anos mais tarde),  após a retomada de Jerusalém, festejaram seu triunfo com uma matança indescritível, depois saquearam selvagemente a cidade que pretendiam venerar...
"Atrasados", "Desconhecedores das regras elementares de ética social", “Invasores"... Era assim que os mulçumanos viam os cruzados: europeus cristãos que invadiam suas terras na tentativa de reconquistar Jerusalém, a "Cidade Santa". Desde as primeiras invasões, no século XI, até a derrocada final dos cruzados no século XIII


Os canibais de Maara
“Eu não sei se o lugar onde nasci é um pasto de bestas selvagens ou minha casa!”   (Abul-Ala al Maari) poeta.


O que aconteceu de tão monstruoso na cidade síria de Maara no final do ano de1098?

Até a chegada dos franj (os árabes chamavam os cruzados de “franj”, provavelmente um termo vindo de ‘francos, franceses’), os habitantes viviam pacificamente ao abrigo de sua muralha. Tinham seus vinhedos, os campos de oliveiras e pés de figos que forneciam-lhes uma modesta prosperidade. O orgulho de Maara era ser berço de uma das maiores figuras da literatura árabe, Abul-Ala al Maari, poeta cego, livre-pensador, falecido em 1057. Ele ousara atacar os costumes da época. E era mesmo preciso audácia para escrever:


Os habitantes da Terra dividem-se ao meio: Os que têm um cérebro, mas nenhuma religião e os que têm uma religião, mas nenhum cérebro”.


Esse grito de aflição de um poeta de Maara não é um simples recurso retórico. Temos infelizmente que tomar suas palavras ao pé da letra


Quarenta anos após sua morte, um fanatismo vindo de longe viria, aparentemente, dar razão ao poeta de Maara. Nos primeiros meses de 1098, os habitantes da cidade acompanharam com preocupação a batalha de Antioquia, a três dias dali. Após a vitória dos franj, estes vieram saquear alguns vilarejos vizinhos e Maara fora poupada. Mas algumas famílias preferiram fugir para lugares mais seguros.

Seus temores foram justificados quando, no final de novembro, milhares de guerreiros francos cercaram a cidade. A maioria dos habitantes não teve escapatória. Maara não possuía exército, tinha apenas uma milícia urbana à qual se juntaram centenas de jovens sem experiência militar. Por duas semanas resistiram corajosamente aos temíveis cavaleiros, chegando a jogar sobre eles ate colméias cheias de abelhas, numa tentativa desesperada de se livrar deles.

Até que chega a noite de 11 de Dezembro. Os franj ainda não ousaram penetrar na cidade. Os notáveis de Maara entram em contato com Bohémond e o chefe franco promete garantias se cessarem o combate. Agarram-se à palavra dada. Na alvorada, chegam os franj. É uma carnificina. Durante três dias matam mais de 10 mil pessoas pela espada e fazem muitos prisioneiros.  Nem os animais como os cachorros dos árabes foram poupados! Diz  o cronista Ibn al-Athir


Adultos fervidos, crianças assadas
Os números podem ate ser um pouco fantasiosos, pois a população de Maara era provavelmente inferior a 30 mil habitantes. Mas o horror está menos presente no número de vítimas do que no destino inimaginável que lhes foi reservado. “Em Maara os nossos faziam ferver os pagãos adultos em caldeiras, fincavam as crianças em espetos e as devoravam grelhadas”, confessou o cronista francês Raoul de Caen. Até o fim de suas vidas os árabes das redondezas se lembrarão do que viram e ouviram. A lembrança dessas atrocidades fixará nos espíritos uma imagem dos franj difícil de ser apagada.
Jamais os povos árabes esquecerão o canibalismo dos ocidentais. Em toda a sua literatura épica, os franj serão invariavelmente descritos como antropófagos.

Será injusta essa visão? Terão os invasores devorado os habitantes de Maara com o único objetivo de sobreviver? Seus chefes tentarão explicar ao Papa: “Uma fome terrível assolou o exército em Maara e o colocou na cruel necessidade de se alimentar dos cadáveres dos sarracenos.” (sarracenos, ou mouros, eram os nomes que os europeus davam aos árabes em geral).  Mas essa explicação parece um pouco fácil. Pois os habitantes da região assistem, naquele inverno, a comportamentos que a fome não pode explicar. Vêem bandos de franj fanatizados (os tafurs), clamando alto que querem devorar a carne dos sarracenos e que efetivamente, se reúnem noite após noite, ao redor do fogo, para devorar suas presas.

Canibais por necessidade? Os testemunhos são acusadores. Uma frase do cronista francês  Albert de Aix, que esteve na batalha de Maara, permanece inigualável em horror: “Aos nossos não repugnava comer não só a carne dos turcos e dos sarracenos mortos como também a carne dos seus cães!”


A sabedoria dos camponeses
O suplício da cidade só terá fim em janeiro de 1099 quando os franj armados de tochas põem fogo em cada casa. Uma a uma... Os episódios de Maara vão contribuir para cavar entre os árabes e os franj um fosso que vários séculos não serão suficientes para preencher.

Porém, quando os francos retomam sua caminhada ao sul, os outros emires sírios se apressam em enviar presentes para assegurar-lhes sua boa vontade (no intuito de evitar sua selvageria). Ninguém mais ignora o itinerário dos franj. Não bradam eles que seu objetivo final é Jerusalém, onde querem tomar posse do túmulo de Jesus? Todos que estão nessa rota tentam precaver-se contra o flagelo que representam.

Muitos se escondem nos bosques, outros na fortaleza mais próxima. Foi esta última solução a escolhida pelos camponeses da planície de Bukaya, quando em janeiro de 1099 são avisados da aproximação dos francos. Reunindo gado, óleo e trigo sobem para Hosnel-Akrad. Mesmo estando há muito abandonada, a fortaleza tem difícil acesso e muralhas sólidas.

Os franj vêm sitiá-los. A 28 de janeiro seus guerreiros começam a escalar os muros da fortaleza. Sentindo-se perdidos, os camponeses imaginam um estratagema. Abrem subitamente os portões e deixam escapar uma parte de seu rebanho. Esquecendo o combate, os franj se lançam sobre os animais. A desordem é tanta que os sitiados, encorajados, efetuam uma saída e chegam a atingir a tenda de Saint-Gilles, onde o chefe franco, abandonado por seus guardas, escapa de ser capturado por um fio...

Os camponeses ficam entusiasmados, mas sabem que os sitiantes voltarão. No dia seguinte, quando Saint-Gilles lança-se ao assalto, os camponeses não aparecem. Os atacantes perguntam-se que novo truque terão inventado. Foi o mais sábio de todos: aproveitaram-se da noite para sair sem ruído e desaparecer no horizonte.

Biblioteca de 100 mil livros
A cidadela torna-se por alguns dias o quartel-general dos franj. E nela assiste-se a um espetáculo desconcertante. Das cidades vizinhas chegam delegações com mulas carregadas de ouro, tecidos, provisões. A fragmentação política da Síria é enorme. Cada um tentando parecer simpático aos olhos dos bárbaros invasores, numa tentativa de salvar a pele.  
De todas as delegações que desfilam nas imensas salas de Hosnel-Akrad, a mais generosa é a de Trípoli. Na época em que os franj surgiram, Trípoli vivia um tempo de paz e prosperidade. Tinha uma imensa “casa da cultura”, que encerrava uma biblioteca de 100 mil volumes, uma das mais importantes daquele tempo, é o orgulho dos cidadãos. A cidade era rodeada por campos de oliveiras, alfarrobeiras, cana-de-açúcar e frutas de toda espécie. Seu porto é movimentado. É essa opulência que vai valer à cidade seus primeiros dissabores com os franj. Na mensagem que manda a Saint-Gilles, o xeque de Trípoli convida-o para negociar uma aliança. Um erro imperdoável. Ao chegarem, os emissários francos ficam tão maravilhados que só pensam em tudo que poderiam pilhar ali. A 14 de fevereiro, o xeque, aterrorizado, fica sabendo que os franj sitiaram Arqa, a segunda cidade do principado de Trípoli.

A força do povo de Arqa
Na capital, acumulam-se reservas na espera de um longo sítio. Fevereiro passa, depois Março e Abril. As notícias são reconfortantes: os franj ainda não tomaram Arqa, cujos defensores estão tão espantados quanto os atacantes. O que faz a força de Arqa é que seus habitantes estão convencidos, desde o primeiro instante, que se uma única brecha for aberta eles serão massacrados. Dia e noite velam, impedindo a menor infiltração. Os invasores acabam se cansando. A 13 de maio de 1099 se afastam, frustrados. A tenacidade dos moradores foi recompensada. Arqa está exultante.

Os francos retomam sua marcha ao sul. Passam defronte de Trípoli com uma lentidão inquietante... mas não param. Seguem em frente e alcançam Nahr el-Kalb, o “Rio do Cachorro”. Ao transpor o rio, colocam-se em estado de guerra com o califado do Egito.

Anos antes, porém, o homem forte do Egito, o corpulento Al-Afdal Chahinchah — um ex-escravo de 35 anos que dirigia sozinho a nação egípcia de 7 milhões de habitantes — ficara satisfeito com a chegada dos cavaleiros francos na cristã Constantinopla.

“Alguns dizem que quando os senhores do Egito viram a expansão do império seleúcida, foram tomados de medo e pediram aos franj que marchassem sobre a Síria e formassem uma barreira entre eles e os muçulmanos. Só Deus sabe a verdade.”

Essa explicação de Ibn al-Athir sobre a origem da invasão franca diz muito da divisão que reinava no seio do mundo islâmico entre os sunitas, vinculados ao califado abássida de Bagdá e os xiitas, ligados ao califado fatímida do Cairo.

Na chegada dos ocidentais, em 1097, Al-Afdal tentara até um acordo de partilha: para aqueles, a Síria do Norte; para ele, a Síria do Sul, (onde hoje é a Palestina). Os francos mostraram-se amigáveis com os diplomatas egípcios, chegando até a oferecer-lhe o espetáculo das cabeças cortadas de 300 turcos inimigos. Mas, curiosamente, recusaram-se a concluir qualquer acordo.


Como loucos
Em julho de 1098, ao chegar a notícia da queda de Antioquia, o homem forte do Cairo decide agir imediatamente, sitiando Jerusalém. Por vários meses, os acontecimentos parecem dar razão a Al-Afdal, pois tudo se passa como se os franj, ao se deparar com o fato consumado, tivessem renunciado a Jerusalém. Mas quando em janeiro de 1099 os francos retomam sua marcha ao sul, ele fica preocupado.

Faz chegar novas propostas aos franj. A resposta: “Nós iremos a Jerusalém todos juntos, em ordem de combate, lanças erguidas!” É uma declaração de guerra. Em maio, os invasores atravessam sem hesitar o chamado “Rio do Cachorro”, o limite norte do território egípcio.

Na manhã de 7 de junho os habitantes de Jerusalém já podem vê-los aparecer ao longe. O comandante Iftikhar ad-Dawla, “Orgulho do Estado”, comandante da guarnição egípcia, observa com serenidade do alto da torre de Davi. Há meses tomou todas as providências para um longo sítio. Mas o comportamento dos franj é desconcertante. Iftikhar esperava vê-los construir, tão logo chegassem, torres móveis e instrumentos para um longo sítio á cidade, cavar trincheiras. Ora, longe desses preparativos, eles começam organizando uma procissão em volta dos muros, conduzida por sacerdotes que oram e cantam, antes de lançarem-se como loucos ao assalto das muralhas, sem dispor de escada alguma.

Uma semana de massacre
As procissões cantantes dos franj irritam Iftikhar, mas não o preocupam. Somente após a segunda semana é que ele sente nascer a preocupação quando o inimigo inicia a feitura de duas imensas torres de madeira.

“Uma das torres móveis construídas pelos franj”, contará Ibn al-Athir, “estava do lado de Sião, ao sul, e a outra ao norte. Os muçulmanos conseguiram queimar a primeira, matando todos aqueles que se encontravam nela. Porém, mal tinham acabado de destruí-la, um mensageiro chegou, pedindo ajuda, pois a cidade estava sendo invadida pelo outro lado; com a outra torre móvel. De fato, ela foi tomada pelo norte, numa sexta-feira de manhã, sete dias antes do final do tempo de chaaban do ano islâmico de 492 (julho de 1099).”

Segundo al-Athir,“a população da Cidade Santa foi morta pela espada e os franj massacraram os muçulmanos durante uma semana. Na mesquita al-Aqsa, eles mataram mais de 70 Mil pessoas.” Ibn al-Qalanissi, que evita manipular números que se podem verificar, disse apenas que muitas pessoas foram mortas e que os francos destruíram até os monumentos dos santos (!). Entre as construções saqueadas estava a mesquita de Omar, feita em memória do segundo sucessor de Maomé, Omar Ibn al-Khattab, que tomara Jerusalém dos cristãos em fevereiro de 638 (eu falei dele no início, lembram?). Os árabes não deixaram de evocar este acontecimento para ressaltar a diferença entre seu comportamento e o dos franj.    Lembravam que Omar assegurou a vida e os bens de todos os habitantes da cidade. E que quando ele e o patriarca grego do local (chefe cristão de Jerusalém, recém deposto), estavam visitando o Santo Sepulcro, Omar perguntou onde poderia estender seu tapete para orar, pois chegara a hora da reza a Alá. O patriarca disse-lhe para orar ali mesmo, mas o árabe não quis. “Se eu fizer isso, amanhã os muçulmanos vão querer apropriar-se deste local dizendo: “Omar orou aqui...” E, levando o seu tapete, foi ajoelhar-se em outro local. Pensou corretamente, pois foi naquele exato local que se construiu a mesquita que traz seu nome.


Cristãos torturam cristãos
Voltando ao invasores em 1099:  Seus correligionários (os cristãos do Oriente) não foram poupados: uma das primeiras medidas dos franj foi expulsar da igreja do Santo Sepulcro todos os sacerdotes cristãos (que eram das igrejas gregas, georgianos, etc.) e, que oficiavam juntos, segundo uma tradição que todos os conquistadores haviam respeitado até então! 
Pasmos, os dignitários das comunidades cristãs orientais decidiram resistir. Recusaram-se a revelar aos invasores o local onde estava escondida a cruz verdadeira onde Cristo morreu. Para aqueles homens, a devoção religiosa era acrescida de orgulho patriótico. Não eram eles, afinal, os concidadãos do Nazareno?  Mas os invasores não se deixam impressionar. Submetendo os sacerdotes à todo tipo de tortura, e conseguiram tirar daqueles cristãos moradores antigos da Cidade Santa, pela força, pela tortura brutal, a mais preciosa de suas relíquias.


Quem eram os bárbaros?
Os chefes francos não tiveram nem um ápice dessa magnanimidade. Festejaram seu triunfo com uma matança indescritível, depois saquearam selvagemente a cidade que pretendiam venerar...

”Bárbaro” ou seja: Desumano, Cruel, Sanguinário. Qualidade que todos os antigos impérios ocidentais, europeus  atribuíam aos povos que desejavam dominar ou que já dominavam, assim como o conceito de selvagem.  A barbárie está situada entre a selvageria e a civilização, período em que se aprende a incrementar a produção na natureza por meio do trabalho humano.  E Não por pilhagem, matança generalizada e exploração. Assim fica a pergunta: quem eram os ‘bárbaros’..?


Concluindo:  fica a preocupação pois o Papa Bento XVI já declarou que pretende a ‘aproximação’ com os islâmicos...Será apoiado em que bases?.


Lembremos que: para atender aos fiéis desejosos das peregrinações religiosas e escoar o excesso de mão-de-obra ociosa na Europa, em 1095 o papa Urbano II declarou guerra aos “infiéis” muçulmanos conclamando as multidões sob o brado de “Deus o quer! Deus o quer!” E assim, o fervor religioso espalhou-se por toda a Europa como uma peste. As pessoas acreditavam firmemente que o cristianismo estava em perigo! e que defendê-lo, portanto, era cumprir a vontade de Deus. Urbano II prometeu a todos os que partissem para a guerra contra os “infiéis” que teriam seus pecados perdoados e iriam para o céu após a morte....


Quando lembramos que um Papa iniciou esta série de matanças que alastrou-se por quase três séculos... e o recentemente escolhido papa Bento XVI é notadamente ultra-conservador..que poderemos pensar?..Tempos difíceis vem por ai!

       Para saber mais:

As Cruzadas Vistas Pelos Árabes
Amin Maalouf


ISBN - 85-11-13078-0   254 páginas

Livraria Brasiliense
Rua Emília Marengo, 216 - Tatuapé
São Paulo - SP - 03336-000
Telefone/Fax:
(0xx11) 6675-0188

7 comentários:

  1. Muito bom texto Ramiro, gosto muito de ler sobre as Cruzadas.
    Em nome da religião é que se cometem as maiores barbaridades. Esse é apenas um dos exemplos do quanto a Igreja Católica pode ser tão cruel quando ela quer e ainda justifica seus atos em nome de Deus. Não é a única religião que fez ou faz isso, claro. A História taí pra mostrar...


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  2. Cara Silvinha,
    Foi mesmo uma época de fatos cruéis, e o pior: não parou por ai... seguidamente veio a Inquisição.....
    Fica doloroso fazer estas constatações, devido a minha formação teológica, mais não me surrupio a verdade. Teria muito mais, mais corre-se o risco de ficar extenso e cansativo de ler.....
    BJKS
    Miro

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  3. Se até o Papa João Paulo II se rendeu aos fatos e pediu perdão por algumas atitudes do passado, porque se sentir desconfortável Ramiro?
    Isso mostra que apesar de sua formação, tem discernimento pra encarar os fatos e não defender o erro. Isso é super louvável na minha opinião.

    Beijo

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  4. Sinto-me aqui honrado de ter a tua amizade....
    Seguramente, tudo seria mais fácil se as pessoas soubessem sempre reconhecer as suas falhas...e fazer da sua vida uma jornada de conhecimento e reparação, ao invés de sair ‘atropelando’ quando vêem que erraram......
    BJKS
    Miro

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  5. Obrigada e sinto o mesmo Ramiro, legal conhecer pessoa tão sensata...
    Aceitar o próprio erro tem se tornado cada mais difícil num mundo onde tanta perfeição é exigida. O que é paradoxal, estamos tãããããooo longe da perfeição...
    Falhar para alguns é sinônimo de vergonha, de incompetência, de ser menos...
    O que é uma grande bobagem. As pessoas estão cada vez mais falhas e cobrando mais dos outros, difícil olhar pro próprio rabo e assumir o mea culpa. Isso é consequência desta perda galopante de valores que vivemos, acho eu...
    Errei, erro e vou errar muito ainda. Normal, sou humana...Assumo, peço desculpas e vou em frente..
    Um beijo pra vc...

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  6. Nunca tinha feito a leitura pelos olhos do outro lado.. super interessante!!
    beijusssssss

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  7. Olahh Ramiro! Q beleza de texto! A Europa e a Igreja Católica como sempre tentando destorcer as histórias. Excellente seu texto, nos faz ver realmente 'O outro lado da história' Sua pesquisa foi excelente e imprescindível pra a magnitude do texto! Mt interessante! Um abraço!

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